quarta-feira, 23 de abril de 2008

O que não tem tempo
e nunca terá
O que não tem juízo
O que não tem certeza
e nunca terá
O que não tem acesso ...
O que dá dentro da gente e agonia
O que se mobiliza sem regalia
O que não se envergonha mas se angustia
O que está acessível nos mais sombrios
Devaneios noturnos a me esquivar
Da tal realidade e alcançar
A nova verdade vai revelar
Aquilo que queria ...
(Sarah Freire)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Ouvi dizer que quem inventou a distância, não conhecia a saudade,e o que ela pode fazer...
Só não sei qual distância se tratava.
Superar distanciamentos, parece ser doloroso, pra mim é até superável, nada que me faça refletir tanto, a não ser que tenha sido algo sofrido, imediato, o que não esperava...
Há alguns anos atrás sofri com uma perda, que foi imensuravelmente dolorosa, hoje já não dói tanto, e me colocou a refletir bastante, e modificar muito, de uma forma negativa.
Repensei!
E vi que não podia me culpar a vida toda, por momentos que deixei pra depois e por conta disso, não pude realizar. E que hoje, pensando no que já foi, eu posso consertar, não com a pessoa que foi, mas comigo que estou aqui.
E foi dolorosa também essa transformação, que ainda se estende, então ainda dói mudar!
Logo depois, veio outra perda.
Está, jamais imaginaria ... E dói!
Por que eu descobri que saudade vai muito além ...
Não são dois ou três dias, nem um ano ... É olhar, esperar por alguém que não vai ultrapassar momentos gravados na minha mente.
Um ato tão cruel!
E por mais que pareça tudo bem, não consegui digerir, tanta dor, saudade, lágrimas.
Não entendo!
A morte, se faz a maior distância, e só sabe a dor, quem já viveu.
Mas, há aqueles mortos-vivo. Tão distantes do mundo, das pessoas, sem amor, sem nada... E que talvez, nem a dor seja motivo pra pensar. Estão vagando!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Eu sei
Jogos de amor são pra se jogar
Mas por favor não venha me explicar, o que eu já sei
O que eu não sei ...

O nosso jogo não tem regras nem juiz
Você não sabe quantos planos eu já fiz
Tudo que eu tinha pra perder eu já perdi
O seu exército invadindo meu país

Se quiser lembrar
Se quiser jogar
Me liga!

Mas sei, que não se pode terminar assim
O jogo segue e nunca chega ao fim
E recomeça a cada instante (a cada instante)
Eu não te peço muita coisa só uma chance
Pus no meu quarto, seu retrato na estante
Quem sabe um dia vou te ter ao meu alcance
Ai como ia ser bom se você deixasse
Mas se você lembrar, se quiser jogar
Me liga, me liga...


( Ao som de Cidade Negra, hoje sem prosas nem versos, nem talvez canções expressas...
A música já diz muito, mesmo que muitos não possam compreender a alma disso ... )

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Mas o meu sorriso ...
Ninguém vai poder comprar"

Ao fundo musical vindo de alguma casa, provavelmente crianças ouvem...
Afinal, são as únicas que possuem sorrisos e gestos mais sinceros
Que apesar de toda fragilidade e insegurança, se baseiam no amor
Como necessidade básica, que provém da segurança ...

Tenho visto poucos sorrisos sinceros
E quando o são, é devido o interesse.
Vontade de querer ser superior, dominar, comandar
Cega e quase mata
Mata sim, aquilo que não é visível aos olhos
Que não é superficialidade ...
É muito mais profundo, difícil acesso e compreensão
Pouco se dispoem de conhecer.
E muitas vezes está dentro de nós mesmos ...
Muito tem se ouvido falar em beleza, aquela que toco ou enxergo
Mas esta, e verdadeiramente duradoura quando o avesso tem uma fibra de sustentação...

(Numa conversa com minha irmã)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Eu fico numa situação, que sinceramente, não sei o que fazer
Eu não sei o que falar
Eu não sei continuar
Acho, que não sei entender
Eu pensei que soubesse como agir
Que era forte o bastante pra aguentar
E que tudo podia surportar
Me enganei ...
Só não sei se realmente me enganei
Ou fui enganada
Se a isso mme sujeitei
Ou me sujeitaram
Paraecia tão óbvio o meu jeito de viver
Se lá, parecia certo
E mesmo o incerto, eu fazia acertar
Ou não quis aceitar
Por que aceitar requer esforço
E já não sabia se queria lutar
Mas sabia, e sei que é necessário mudar
Movimentar, sair do lugar, modificar

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Marcas do que passou
O mais interessante é voltar no tempo, e pensar nas convicções que jamais largaríamos.
Verdades, que só de pensar em não tê-las era angustiante, absurdamente impossível abandonar.
Hoje, verdades, convicções, certezas, são outras, diferentes daquilo que outrora defendíamos com garra.
E achamos ainda que estas iram permanecer.
Uma coisa é quem você é, outa é quem está sendo aí... neste momento, ou naquele!
A essência do indivíduo, seu caráter permanece, mas isso não impede que possamos deixar de acreditar no que não pode mais, no que não existe, pelo menos agora.
É bom que tenhamos idéias.
Nossos ideais podem nos fazer não enxergar as outras possibilidades. A gente determina tanto o que é, como tem que acontecer, que acabamos por impossibilitar algo de acontecer.
Nossa vida se fecha ao mundo de possibilidades que existe.
Aqui, olhando de cima, pra esse papel, vejo que é bem plano, mas quando olho a lateral observo umas elevações, aí dobro e aparentemente não será o mesmo, entende!?
Mas continuará sendo o papel!
(Sarah Freire- 01/04/08)